quarta-feira, 28 de agosto de 2013

MUSEU É PARA JOVENS?





MIS atrai olhares do público jovem
 
Educadores e alunos da EMEF Achilles durante visita educativa no MIS. Fotografia; Nágila E. S. Polido
















 


Equipe de Reportagem: Anderson Lopes, Gabriela Silva Souza e Wellington Carvalho


O Museu da Imagem e do Som – MIS vem estabelecendo uma maior proximidade com o público mais jovem por conta das exposições, do espaço, entre outras coisas, que acabam atraindo os olhares do público juvenil. Conforme publicado na Folha de São Paulo, em 10/03/2013, desde 2010 a visitação ao museu triplicou, “resultado de uma estratégia que combina programação variada e de apelo popular, maior interação com o público e atividades simultâneas”. O MIS também vem sendo visitado por alunos de escolas de diferentes classes sociais, principalmente em razão das ações de seu Núcleo Educativo. O diálogo entre os educadores e alunos faz com que esses exponham suas ideias de acordo com a exposição vista. Para entender melhor as estratégias para aproximar os jovens do museu e da Arte, a equipe de reportagem da EMEF Achilles entrevistou por e-mail três educadores do Núcleo Educativo – Juliana, Aline e Leandro, que visitaram a escola para o Projeto Hyperlink, no dia 13/06/2013.

 
EMEF Achilles: Há quanto tempo cada um de vocês trabalha no MIS?

Equipe MIS: Trabalhamos há pouco tempo no museu. Aline e Juliana estão há aproximadamente cinco meses e Leandro está no MIS desde janeiro de 2013, tendo passado por outros departamentos.

 EMEF Achilles: Quais as exigências para se trabalhar no MIS como educador?

Equipe MIS: É preciso ter curso superior completo, mas, principalmente, algumas características que são importantes para o trabalho de mediação cultural: abertura ao diálogo -  tanto com os grupos e demais visitantes quanto com os outros setores do museu -, interesse e estudo constante no que diz respeito aos temas que entremeiam o trabalho (educação não-formal, fotografia, cinema, questões pertinentes à museologia e comunicação com diferentes públicos, etc). Nossa equipe é multidisciplinar (Aline é jornalista, Juliana é historiadora, Leandro é artista plástico), mas todos possuem suas especializações em áreas afins às que atuam no museu.

 
EMEF Achilles: Há quanto tempo vocês participam do Projeto Hyperlink?

Equipe MIS: Foi a primeira vez que participamos do projeto.

 
EMEF Achilles: O que destaca de positivo no Projeto Hyperlink?

Equipe MIS: A possibilidade de estabelecer um contato mais prolongado com os grupos escolares, de modo que o vínculo e a experiência afetiva com o espaço do museu se intensifiquem. Além, claro, de propiciar o encontro com o artista e o público, algo que costuma ser marcante para ambos e diminui as distâncias entre a produção artística e os espectadores.

 
EMEF Achilles: Qual a experiência de vocês em relação ao público jovem?

Equipe MIS: O público jovem é muito diversificado. No museu, atendemos desde jovens que vivem em situação de vulnerabilidade social até aqueles que estudam em escolas particulares; pessoas com deficiência física, intelectual, dentre outras. Só pra citar algumas características que mostram a diversidade deste “grupo”. No entanto, se é possível falarmos “no geral”, a experiência costuma ser extremamente enriquecedora para nós, pois é um público cheio de energia - o que costuma favorecer as conversas e nos atualiza constantemente sobre as novas demandas que o museu precisa acolher diante de um público mais ativo que contemplativo.

 

EMEF Achilles: Na sua opinião, qual a melhor maneira de aproximar o público jovem do Museu?

Equipe MIS: Buscando compreender suas características específicas, com propostas de mediação que estejam afinadas ao interesse do grupo. É importante que se estabeleça uma conversa entre pares, de modo que a visita se torne um espaço para expressão de todos, sem que haja julgamentos prévios, certo ou errado.

 
EMEF Achilles: Quanto tempo vocês têm de preparação antes de apresentar/orientar um projeto ou exposição?

Equipe MIS: Estamos em constante formação. Temos no museu um planejamento anual das exposições, de modo que podemos planejar com certa antecedência nossos estudos, visitas e participação nos demais projetos do núcleo educativo.

 
EMEF Achilles: A participação nesse projeto mudou algo na vida de vocês? O quê?

Equipe MIS: Aprendemos muito com os participantes desta edição do Hyperlink. Tanto intelectual quanto afetivamente. Pudemos partilhar desse processo de forma integral, pois para todos nós havia esse sentimento de curiosidade e descoberta de estarmos pela primeira vez envolvidos nessa vivência.

 
EMEF Achilles: Qual a opinião de vocês sobre a participação da nossa escola (EMEF Des. Achilles de Oliveira Ribeiro) no Projeto Hyperlink?

Equipe MIS: Foi incrível e gratificante. Gostaríamos de recebê-los a cada exposição e de saber mais sobre como os professores têm trabalhado com o grupo. Seria muito bacana também se os alunos pudessem fazer sugestões para as próximas edições do projeto.



A educadora Aline e os alunos da EMEF Achilles durante oficina do Projeto Hyperlink realizada na escola.
 Fotografia: Nágila E. S. Polido
 

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