segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

Exposição Cenários Urbanos 2013


 

Em março de 2013, os alunos das 8ªs séries da EMEF Achilles participaram de visitas educativas à exposição “Interlacing”, do artista chinês Ai Weiwei, no Museu da Imagem e do Som (MIS). Durante o trajeto, desde a primeira ida ao MIS, os alunos estavam participando do projeto de fotografias de cenários urbanos, sendo orientados a observar, fotografar e comparar as paisagens existentes no bairro onde moram e no entorno da escola, bem como aquelas encontradas em outras regiões da cidade, por onde passaram a caminho do museu. O objetivo era que desenvolvessem uma percepção das paisagens resultantes da urbanização sem planejamento, um olhar crítico sobre o espaço onde vivem. Para fundamentar essa observação qualificada das áreas da cidade, os professores realizaram atividades que envolviam a leitura de textos informativos, poéticos (poesia visual e canções) e de imagens (fotografias) sobre a cidade de São Paulo e outras paisagens, urbanas e naturais. Então, foram selecionadas algumas das fotografias tiradas pelos alunos, para as quais foram criadas legendas que, preferencialmente de forma poética, indicassem a reflexão dos jovens sobre esses cenários. O projeto foi finalizado com a elaboração dos cartazes com as fotografias e respectivas legendas, os quais foram expostos na Mostra Cultural da escola, realizada em setembro de 2013.

Veja abaixo algumas das fotografias e textos expostos.

 
 


sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Se não é aguda, é crônica (2)

A palavra "crônica" tem origem no vocábulo grego "krhónos", que significa tempo. Para os antigos romanos, designava o gênero que fazia o registro de acontecimentos históricos, verídicos, na ordem em que aconteciam (ordem cronológica) sem pretender refletir sobre eles. A crônica contemporânea brasileira surgiu por volta do século XIX, também como registro jornalístico do cotidiano. Grandes escritores brasileiros da época, como José de Alencar e Machado de Assis, escreveram crônicas com um tom mais literário, o que acabou fazendo com que esse gênero, no Brasil, tivesse características próprias, com um olhar mais crítico sobre situações do dia a dia. Reflexão é também o que propõe a crônica que obteve a segunda colocação no Concurso de Crônicas realizado em 2013, com os alunos de 7ª série (8º ano), sob orientação da Profª Rosmeiry (Português). Ele está a seguir.
 

Da Terra do Nunca

 


Houve um roubo num navio ontem, no oceano Pacífico. Simples, comum, algo extremamente banal – e resolvido. Mas são poucas as pessoas que conhecem a verdade por trás de tudo.

O navio dos meliantes apareceu como por mágica. Uma coisa horrenda, com canhões na lateral, ancorado no mar como um monstro aquático esperando para dar o bote! Naquele navio estavam os protagonistas de nossos piores pesadelos: homens errantes, rudes e sanguinários - os homens do Capitão Gancho! Não se sabe como vieram para aquele pedaço de mar – talvez tenham sido expulsos da Terra do Nunca...

De uns tempos para cá, Capitão Gancho tem estado lelé da cuca, talvez seja sua idade. Sua sede de vingança não escasseou e Peter Pan continua sendo sua obsessão. O mais trágico de tudo é que o eterno menino cresceu: ele c-r-e-s-c-e-u!

Naquele dia o digníssimo Gancho estava no último estágio. Distante de sua terra, faminto e ouvindo um zumbido estranho em seus ouvidos; ele deu ordem para os homens atacarem o navio de carga, pensando ver um garoto flutuando a poucos centímetros do chão.

No final, tudo deu errado, claro! A decepção foi tanta que Gancho lançou-se ao mar, suicidando-se.

 

(2º lugar – Giovana Cristina Bastos Oliveira)